Mesmo quem é do ramo precisa de uma luz na hora de escolher lâmpadas. São muitas opções de marcas, modelos e promessas nas prateleiras das lojas. O melhor, recomendam os entendidos, é saber direitinho o que você está procurando.
No jargão luminotécnico, há vários nomes complicados que mostram a quantidade e a qualidade da luz produzida pela lâmpada. Um deles é o IRC, sigla para Índice de Reprodução de Cor. Quanto mais próximo de 100 é o IRC, menos distorção nas cores essa luz vai produzir. Onde a cor certa for fundamental, o índice deve ser no mínimo de 80%.
Dinheiro no bolso
Se a preocupação for economia, a informação preciosa é o de eficiência luminosa - quanto menos energia medida em watts o equipamento gastar para produzir maior fluxo luminoso, melhor. Outra característica importante para avaliar o custo-benefício é a durabilidade da lâmpada, geralmente identificada como "vida útil" nas embalagens.
O problema é que nem sempre os rótulos trazem o rol de informações para apagar todas as dúvidas. Aí vale apelar para regras gerais e básicas. As incandescentes têm bom IRC, ganham disparado em preço, mas perdem em vida útil e eficiência para as fluorescentes, que, por sua vez, têm evoluído cada vez mais em qualidade de luz. Antigamente, elas
deixavam tudo meio azulado. Pois hoje estão conquistando as casas que prezam a conta bancária. Para ter uma idéia, as lâmpadas ocupam o terceiro lugar no ranking de consumo de energia numa residência comum, perdendo apenas para o chuveiro e a geladeira. Nesse quesito, as fluorescentes largam mesmo na frente. Elas são mais caras, mas, segundo uma pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o consumo sai até 79% mais em conta que o das incandescentes. Outra artimanha para baixar a conta de luz é usar o dimmer. Esse equipamento, que permite graduações conforme o gosto do freguês, requer uma adaptação tão fácil quanto instalar um interruptor comum. Ele costuma fazer sucesso especialmente no quarto das crianças e no living. Sua utilização, no entanto, está restrita às incandescentes.
Versatilidade com diversidade
Há mais que incandescentes e fluorescentes nas gôndolas dos supermercados. As lâmpadas halógenas, por exemplo, são duráveis e reproduzem bem as cores, mas alguns modelos esquentam o que estiver no caminho do facho de luz. Um bom emprego para elas é no projeto de paisagismo, destacando os pontos altos do jardim. Mas lembre-se de que precisam de refletores adequados e devem ter proteção contra as intempéries.
Para qualquer ambiente, caso tenha faltado um bom projeto luminotécnico quando você comprou o imóvel ou procedeu à reforma, o melhor a fazer, agora, é combinar diferentes tipos de lâmpada. O resultado será um espaço bem mais versátil.
Consultoria
Anna Maria Hennes, arquiteta e professora da UniRitter, em Porto Alegre; Rinaldo Caldeira Pinto, engenheiro elétrico, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo; Sabine Kruck, gerente de marketing de empresa fabricante de lâmpadas.
Fonte: www.casa.abril.com.br, acesso em 12/08/2007
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